terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Eu nasci na Rua Direita, à qual presto homenagem, apresentando este trabalho, em texto e imagem:

Rua Direita:


Sec. XVI
-Rua Direita
1835
Pinho Leal, diz que já existia
21.MAR.1835
É criado o Concelho sob promulgação de D. Maria l l.
15.MAI.1842
É arrematado a construção da calçada da Rua
05.MAI.1852
 
1885 Livro Portugal Antigo e Moderno, Dicionário de Pinho Leal, Pág. 825, A casa abrasonada de D. Bernardina Brandão.
Hospedou-se nesta casa a rainha D. Maria II, quando visitou as províncias do norte.
1855
-Rua Direita (desde a casa de Antónia Augusto dos Santos até a quina da casa de José Joaquim Carneiro, do Porto.
23.ABR.1902
José Elísio Gonçalves Cerejeira, Presidente da Camara, inscreve no seu plano de melhoramentos o alargamento da Rua, entre a Rua Camilo e o Largo da Lapa
15.OUT.1910
-Passa a denominar-se Rua Almirante Cândido dos Reis
09.JAN.1922
É autorizado o Presidente da Câmara a adquirir os prédios da Rua Direita necessários para abertura da nova Avenida (Actual Av. 25 Abril) desde Praça da Mota (Actual Praça 9 de Abril) até actual Rua Direita.
Actualmente é o espaço compreendido entre a Casa Papagaio e a Casa da Musica.
Restam da época os prédios;
Na Praça 9 de Abril o rés-do-chão e parte do 1º andar do prédio onde está instalada a Casa Papagaio, antigo café da Universidade, Casa das Louças e fachada da boutique Redondo.
Na Rua Direita, no sentido ascendente, do lado esquerdo e acima da Casa da Musica, foram restauradas, mantendo a fachada antiga os prédios do Tasco do Se Laurindo, da Quintas, das Carreirinhas (tocavam piano) onde mais tarde viveu o Vila Covas.
Na continuação temos o antigo Tasco do Rabeço (de ascendência Espanhola), depois existia a “Viela dos Enchidos (da qual nem vestígios restam, lamentavelmente) que ligava á Fonte dos Pelames (actualmente entregue ao abandono, apesar de ser uma das lendas mais antiga da Nossa Cidade) e terminava no Souto (junto á Universidade),
A Praceta existente (para onde tristemente levaram o Tanque da Feira) ocupa o local onde existiram 5 casas, uma delas, onde nasci, era a casa dos meus avós paternos, depois temos o histórico edifício da Casa da Cultura que albergou a Câmara, Cadeia, Casa dos Pobres, Albergue, o prédio seguinte (espécie de uma ilha) foi ocupado por muitas famílias, lembro;
Se Francisquinha “Critérios”, Dona Teresa Fogueteira cujo marido era fogueteiro e pais do “Mérinho” Clemério José Alves (senhor de uma admirada caligrafia e de vários escritos) e do Artur, Chano (irmão do Poquinha casado com a Maria Musga criada do Rabeço), Ester da Lenha, Marroquinos casado com a Progénia. As Lídias, Antonio Branco, jornalista e amigo pessoal de meu Avô Paterno, companheiros de luta clandestina, nas lides politicas durante o Estado Novo, o Cunha, o Três, a Barroso, o Fogueteiro. Segue-se a morada de Se Mariquinhas Verpelheira casada com o Se Manel pais do Zé Cigano casado com a Se Helena dos Penas, o Se João Montenegro e por fim o Se Manuel do Bem casado com a Mariquinhas, talhante e Bombeiro dos de Cima.
1929
Tipografia Minerva Edita uma colecção de postais, sendo a Rua direita comtemplada com dois aspectos diferentes. (ver imagem anexa)
1936
Registo Civil Concelhio na Rua Direita hoje Casa da Musica Livro (Vasco Carvalho A Justiça 1946, Pág. 148)
MAR.1941
Demolida casa do Farmacêutico Jaime Valongo junto á actual casa da cultura Livro (Vasco Carvalho A Justiça 1946, Pág. 148)
17.OUT.1942
-Rua 5 de Outubro
1944
Soledade Malvar diz que em 1944 mandou edificar o prédio do redondo com a Avenida 25 de Abril, no r/c aloja uma tabacaria de Manuel Malvar (de ascendência Espanhola). (Jornal Povo Famalicense 24.JUN.2008)
29.JUL.1946
Instalou-se nesta rua a Subdelegação de Saúde.
16.SET.1953
Contrato de adjudicação da empreitada de alargamento e pavimentação da rua, entre a Rua Camilo e o Largo Tinoco de Sousa.
1971
-Rua Direita
30.MAR.1984
Inauguração das obras de restauro da Casa da Cultura Rua Direita


-Qualquer informação daqui retirada, agradece-se citação.

1929 - Edição Tipografia Minerva (a seta indica a casa onde nasci)